Sindicato ingressa com representação no Ministério Público contra tentativa de terceirização da EMEB Pequenos Brilhantes

Sindicato ingressa com representação no Ministério Público contra tentativa de terceirização da EMEB Pequenos Brilhantes

Em resposta ao edital municipal que pretende transferir a gestão da EMEB Pequenos Brilhantes para uma Organização Social (OS), o Sindlouv formalizou uma representação junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo, solicitando a imediata suspensão do processo. O documento alerta ao risco de desmonte do ensino público de qualidade e a precarização do trabalho dos Servidores efetivos, em clara afronta aos princípios constitucionais que regem a administração pública.

“Não podemos aceitar que um modelo consolidado e exitoso seja substituído por uma gestão terceirizada, que ameaça direitos conquistados e a própria continuidade pedagógica”, declara Eli Bueno Rodrigues, presidente do Sindlouv.

A iniciativa municipal, materializada no Chamamento Público nº 003/2025, ignora a necessidade de concurso público para atividades-fim da Educação, contrariando a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases. Além de esvaziar o quadro de profissionais concursados, a medida pode resultar em redução salarial, alta rotatividade e fragilização do vínculo educativo com as crianças – especialmente sensíveis na primeira infância. A ausência de diálogo com a categoria, com o Conselho Municipal de Educação e com a comunidade escolar aprofunda o caráter arbitrário da proposta.

RISCO PEDAGÓGICO

A EMEB Pequenos Brilhantes é referência em estrutura e atendimento educacional, sendo mantida com recursos públicos federais e municipais. A substituição por um modelo terceirizado gera incertezas sobre a continuidade de projetos pedagógicos já consolidados, a qualificação dos profissionais e o controle social sobre a aplicação dos recursos.

“A falta de estudos técnicos que justifiquem essa mudança e o histórico nacional de problemas com Organizações Sociais acendem um alerta sobre possíveis danos ao erário e à educação”, ressalta Eli.

Entre os pedidos encaminhados ao MP estão a realização de audiência pública com todos os envolvidos, a análise detalhada dos impactos da medida e a suspensão cautelar do edital até que haja ampla discussão e comprovação de sua legalidade. O Sindlouv reforça seu compromisso em defender uma educação pública, laica, universal e de qualidade, e confia na atuação do Ministério Público como guardião dos interesses coletivos. A mobilização da categoria e da sociedade permanece ativa para barrar qualquer retrocesso.

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